sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro -

Parabéns aos alunos que tiveram seus textos selecionados para a etapa municipal.


Texto selecionado para a etapa estadual da 3ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa -
 categoria Poema

Professor(a): Carmen Ângela de Souza Gonçalves
Aluno(a): Henrique Silva Rabelo
Título: CumpliCIDADE

Texto:
CumpliCIDADE
Se você não conhece minha cidade,
então eu convido a conhecer
você verá um povo alegre e hospitaleiro
que terá prazer em lhe receber.

Minha cidade não é turística
mas posso dizer que tem muitas atrações,
não temos shopping, cinema ou praia.
Mas temos muitas outras diversões.

Temos festa de reinado em agosto,
pouco antes tem a festa do peão,
tem também carnaval de rua.
Considerado um dos melhores da região.

Se você vir a procura de trabalho,
aí então você ficará fascinado;
em nossa cidade não existe crise
aqui não tem ninguém desempregado.

Se ainda não te disse o nome da minha cidade,
é Cláudio, Cidade Carinho.
Nós te esperamos de braços abertos.
Apareça! Para juntos tomarmos um cafezinho.

Morando nesta simples cidade
Me sinto muito bem
Aqui, existe uma cumpliCIDADE
Compartilha-se tudo que nela tem

 
Texto da categoria Memórias literárias
Professor(a): Alessandra da Silva Alves Pessim Pereira
Aluno(a): Isadora Moura Romeros Rabelo
Título: Sonhos de Menina

Texto:
   Sonhos de Menina
   Morava em uma cidade pequena do interior, dotada de simplicidade e doçura. Um jardim que glamorizava qualquer um que passasse por lá e mangueiras oferecendo sombras grandiosas. Sem contar do lago, com seus graciosos pedalinhos, cenário perfeito.
   As crianças brincavam na calçada de ciranda, mostrando aos meros adultos como a vida é preciosa. Os rapazes jogavam bola no campinho improvisado, as mocinhas ouviam música e conversavam com as amigas.
   Minha casa humilde, com um fogão a lenha, teto de palha e um quintal com imensa variedade de árvores. Móveis rústicos, a maioria feitos pelo meu avô, que era carpinteiro. Meu pai trabalhava no roçado, longe de nossa casa e vinha somente nos finais de semana. Emprego naquele tempo era difícil. Vinha sempre montado num burrinho, cedido pelo seu patrão. Sempre que sobrava dinheiro, trazia para mim e meus irmão doces caseiros como pé-de-moleque e paçoca, meus prediletos, da vendinha mais próxima.
   Mamãe era uma mulher muito trabalhadora e honesta. Trabalhávamos juntas nos afazeres domésticos. Socávamos arroz e fazíamos fubá no grande pilão de madeira que ficava na varanda. Adorava ir à missa, aos sábados e na sexta, à tardinha, levava comunhão aos doentes.
   Meus dois irmãos eram mais velhos que eu, que era a caçula. Trabalhavam na lavoura de café, que víamos do alto da janela do meu quarto. Chegavam ao entardecer do dia, sujos e cansados, mas sempre arranjavam tempo para nos divertirmos. Dávamos boas risadas.
   O que mais sinto saudade, de minha doce infância, eram as manhãs de domingo. Acordava com o cheiro do café invadindo meu quarto e com o relinchar agudo do burrinho, avisando a todos que a família estava unida novamente. Levantava rapidamente e quando via papai, pulava alegre no seu colo. Às vezes, via lágrimas escorrendo dos teus olhos e com minha grande generosidade e inocência, ia ao seu encontro saber o motivo.
   Hoje, sinto saudades daqueles tempos vividos, que fazem parte de minha memória. Abriram-se espaços para tecnologia e fecharam a porta do meu castelo de encantos de menina.
   A praça, as crianças, os rapazes, o burrinho, a lavoura de café, minha família unida, meus sonhos... foram varridos, arrastados, demolidos, levados em nome do progresso.
   E eu ali, vendo tudo, sem poder mudar nada. Mas, ainda brota dentro de mim, como água da mais pura fonte, um sonho utópico de tudo voltar ao normal, ocorrendo com o maior comedimento.
   Hoje é só saudade...



Texto da categoria Crônica

Professor(a): Maria Helena Ferreira
Aluno(a): Eduarda Moreira Alves
Título: Estradas da vida

Texto:
    Estradas da vida
   Mais uma vez o dia chegou e o sol veio para nos saudar. O cantar dos pássaros é o que faz as pessoas despertarem para um novo dia que já começou. Só que hoje, algo raro acontece: um homem chega para visitar sua família. Um caminhoneiro que, após percorridas longas estradas, veio para sua casa descansar.
   Chegando ao seio da família, seus filhos o abraçam, pedem a bênção e levam-no para dentro de casa. A esposa logo vai preparar algo para ele alimentar, enquanto as crianças perguntam como foram seus dias na estrada. Logo é a vez delas contarem os feitos em casa e na escola, lugares onde tudo é tranquilo e calmo. Conversa vai e conversa vem, ele percebe que nada mudou por ali. A rua tranquila como sempre, a vizinhança, solidária e amiga, todos se dão bem, sem desavenças ou conflitos. Não existe lugar melhor de se viver. De repente, uma música toca, nada msis que a Igreja chamando seus fiéis à missa.
    Já é tarde e aquela família se arruma para visitar os parentes. Eles passam perto da famosa "Cutia", onde pessoas mais de idade se reúnem em confraternização. E continuam seu caminho até chegarem ao destino. Lá encontram todos reunidos como faz toda boa família claudiense, aos sábados e domingos. A saudade é apagada entre os abraços calorosos. Fala-se sobre todos os assuntos.
   Ao chegarem em casa, vão dormir, aquecidos pelo afeto.
   O tempo passa e aquele homem que chegara há três dias, agora, mais uma vez, trocará o calor da família pelas toneladas de asfalto frio, deixando saudade e transportando a riqueza que os claudienses produziram.

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